terça-feira, 3 de janeiro de 2012

O Conto de Guliver: Tarde sem sentido

   
    Numa noite - Incerteza, completamente difícil de ter certeza, pois ninguém sabe dizer ao certo que noite vive. Imagina a vida sem nosso tempo cromatizado e imaginário, será que saberíamos de que temos vivemos ? 

    Ele - Peter Guliver, essa pessoa não sabia o que era o tempo, pois ele vivia em sua casa numa monótona maneira de viver que fazia contemplar aquilo que ele não compreendia, os valores do tempo. 
    Na noite do dia 18 de Abril de 1975 Guliver estava completamente entediado em sua monotonia de domingo Na sua casa, ele deixava algumas janelas abertas até as dezesseis horas da tarde. Isso fazia com que, mais tarde, sua casa ficasse amontoada do mais inescrupuloso mofo fétido e aversivo, mas que ele não se importava. Na verdade era intrigante a maneira como o Senhor Guliver não se importava com mais nada em seus 55 anos, era um homem completamente entregue as suas vigorosas histórias literárias, escrevia cansativamente de manhã tomando seu café completamente quente, Ele gostava de coisas quentes e seu café devia sempre estar na temperatura mais lavajante possível, e escrevia de manhã, até as treze horas comer sua vespertina comida feita pela sua empregada de mais de 25 anos, uma mulher completamente soberba e irritante, capaz de fazer a vida de qualquer pessoa ter um sentido grotesco e aversivo. 
O senhor Guliver nunca ligou para ela, pagava-lhe o ordenado sem falar nada, e Nastasie, a empregada, também não falava nada, afinal sabia e acreditava que esse tempo todo trabalhou para uma estátua, e ninguém negava-lhe esse poder verídico. Afinal, Guliver sempre foi um homem descrente da vida fora de tudo, sempre acreditou que o que mais impostava em sua vida eram os valores que tinha em si, e acredite que as pessoas o repudiavam por isso, afinal não valorizavam mais isso. 
    Com tempo, Guliver foi sempre se mordicando de monotonia, criando em si um elo com o silêncio. Entregando-se a sentimentos cada vez mais profundos, permitindo-se sempre ser o valoroso guerreiro de sua casa. Transformou suas salas em lugares amplos onde pudesse guardar seus escritos de valores, mas nunca publicá-los, se desfez de seus móveis, se desfez de seus pertences mais valorosos, para manter os valores de suas palavras - isso durou, durou muito. Até quem um dia, no dia 20 e Maio de 1980 o senhor Guliver, enfermiço por doenças, pela ausência de suas coisas, pelo medo de não alcançar hoje se retratar, chamou um velho amigo e contou-lhe seu segredo: disse que um dia amou uma bela mulher, que ele fez de tudo para ela se apaixonar por ele. Fez de sua vida a vida dela, fez de suas felicidades a felicidade dela. Mas, que numa manhã, numa simplória manhã, acordou e viu que tinha medo, que tinha falhas de um homem, saiu para beber com seus amigos e sua cabeça cada vez mais mostrava a ele que estava confuso, simplesmente confuso, e Catherine, sua amada, não entendia porque Guliver se afastava dela. Não compreendia como ele tratava ela de forma fria, oca, como se ela tivesse cometido algum erro. Guliver achava que Catherine não era uma mulher para ele e por isso se entregou a uma duquesa, uma linda mulher mais experiente e rica. Seus amigos festejaram com isso, afinal Guliver havia se relacionado com uma grande mulher. Naquele momento Guliver percebeu, o quanto ele tinha desrespeitado o que preservava. Seu medo de perder Catherine, de ser abandonado acabou sendo exatamente o que aconteceu, mas causado por ele. Guliver nunca entendeu quando chegou certa vez para Catherine, que já havia escutado os boatos pela cidade, de que havia tido outra mulher, a duquesa. 
    Catherine se negou a ouvir até o fim a voz de Guliver, Guliver a única coisa que pediu foi paciência, Catherine a única coisa que pediu foi paz. 
    Ele prometeu que iria reparar seu erro... sua fraqueza. Ela prometeu que não aceitaria mais. Guliver, por um reflexo saiu da casa de Catherine transtornado - Ela chorou duas Luas. 
    Guliver, nunca mais voltou. Se aprisionou em sua casa e de lá recebeu a notícia que Catherine agora seria um anjo, com valores perdoados e virtudes concretas, e ele seria aquele ser que já não tinha o que tanto buscava. 
    Quando seu amigo ouviu aqui nos últimos momentos de Guliver apenas lhe disse: descanse, ela te perdoou. Guliver materializou um sorriso e descansou com o manto de sombras 
    O amigo dele, virou-se para Nastasie e disse: Feche essa casa, aqui ele já vendeu os valores, aqui não tem mais nada. Dispense tudo. 
    Nastasie que tudo ouviu, viu que o amigo não faria o que Guliver pediu e naquela hora ela entendia porque Guliver se escondeu do mundo, pois no mundo de Guliver os valores que guardava estava distante da banal sociedade que ele repudiava. Porque no fim ele sabia que não seria respeitado, que abriria mão de seus valores. Pois a morte cobraria e a alma das pessoas também. 

3 comentários:

Hillary Miller disse...

Son récit est fabuleux. J'ai apprécié la lecture et j'ai adoré encore plus parce que j'ai eu à lire une réflexion de ce sujet. Vous êtes merveilleux, un écrivain très doué pour cela.

Henry Schmidt disse...

É magnífica a forma que você se presta a escrever, sabia ?

Anônimo disse...

Me identifiquei muito com esse conto, inclusive faz com que a pessoa pense sobre valores e sobre o amor em suas várias relevâncias. Sinceramente me emocionei com esse conto poetisa! Maravilhoso, espetacular!

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