domingo, 25 de setembro de 2011

História

Meia lua. Metade de uma lua estava no céu naquela noite. Um punhado de areia brilhante refletia a luz de Meia Lua. Como se aquilo fosse uma conversa da natureza. Uma conversa onde só dialogasse a luz da lua com os pequenos cristais areais do chão.
  Numa rua via-se como o trajeto que as pessoas faziam era despreocupante. Ninguém prestava atenção nas areias que pisavam, nem na Lua que tinham sobre suas complexas cabeças. Era tudo calado, tudo silencioso. O único som que se escutava era de um fundo, de uma gaita, uma gaita tocada por alguém indefinível, alguém que não se sabia quem era. Numa avenida, diante de uma avenida as pessoas começavam a ver o quanto as casas se passavam, o quanto os meandros se afunilavam, e como era monótona aquela noite de volta do trabalho... Aquela noite onde não se sabia como terminaria, mas que se sabia que terminaria. Enquanto o diálogo entre Lua e areia se acirrava mais e mais, ao passo que as borboletas voavam sobre as areias, levando poros em suas asas e voavam, voavam como se fosse para entregar a Lua um pouco desses poros. A Lua receberia e saberia o quanto aquilo é importante. O quanto era importante ver uma borboleta trazer um pouco de punhados brilhantes de luz.
  Quando dava-se 03:00 da manhã, no relógio analógico de uma garotinha, ela desperta pela noite, percebe que estava com frio e seu cobertor no chão. Com medo, ela pega seu cobertor, olha para janela... E era só um sonho. E, ela volta a dormir...
  A borboleta continua voando e levando sonhos...
 Sonhos de uma noite fria e longínqua.

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