quarta-feira, 7 de setembro de 2011

A Dama de seda

Numa noite em Paris... num caminhar uma dama, uma daminha, uma jovem dama vinha em direção aos pedregulhos da rua. Ela batia seu salto no chão e a cada momento o frio se tornava mais cortante, mais persuasivo, garantia a ela que seu casaco não era nada... que ela ia ficar com mais frio a cada passo dela.

Ela tremia, sentia o céu soprar em seus ouvidos... ela caminhava sobre a Ponte d' Arcole... ela olhou para baixo e viu o reflexo do rio. Sentiu que o vento subia em suas pernas, penetrava à seda de seu corpo, o veludo de sua vida. A penumbra daquele momento tomava conta da dama de seda.

O medo era a passagem que ela tinha de enfrentar entre achar-se e acertar-se... a noite era fria, seus sapatos de marca maior já não produzia o mesmo som que o vento produzia aos ouvidos dela, e que mostravam a dama que as ruas de Paris estavam a sua disposição... a Dama de Seda pensava em seu bem... pensava no bem do seu perfume deixado pela ponte. Deixava a vida saborear o momento de ter sua preferência...

Um momento chegou... e a Dama de Seda se atirou...
Numa cláusula não se sabe onde... seja o rio, seja a vida... em algum lugar ela nadou no sentido contrário e sumiu da forma que não fosse mais feita da Seda... mas da penumbra das lembranças...  

1 comentários:

Rafael disse...

Atirar-se pra vida...pequena dama!

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