Na noite passada derramei um gole de vinho como se derrama o sangue numa batalha. Venci a embriaguez só para me permitir pensar um pouco mais. Guardei em segredo a vontade que estava de sussurrar para mim mesma que a noite estava congelantemente fria.
- Me encosto nessa janela e percebo que lá fora a vida das pessoas acontece independente da minha; vejo que é inumerável os casos aflitivos. Retomo o vinho no chão. Lembra-me sangue desperdiçado. Refaço o trajeto pela sala e revejo o gole, paro, penso. Deixo a taça de lado e percebo
- uma gota de sangue é como o vinho: rubra, valiosa, intensa e inebriante... cada gota perdida é o fim de uma vida...
sábado, 29 de setembro de 2012
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